Coronavírus x Legionella: uma dupla perigosa (e que pode estar em seu imóvel)

 

A pandemia de COVID-19 vem redobrando a atenção com os aspectos ambientais de imóveis pelo mundo. Nos ambientes fechados o risco de contaminação é superior, uma vez que há menor renovação do ar nesses locais, o que aumenta a concentração de poluentes e microrganismos, como o coronavírus.

Nesse momento de retorno às atividades presenciais, mesmo com a vacinação pelo mundo avançando lentamente, empresas e administradores de imóveis devem se conscientizar da importância de realizar o controle ambiental no interior das edificações.

Embora o reforço na aplicação de medidas de limpeza e higienização dos ambientes seja importante para obter um ambiente mais saudável, as mesmas não garantem que o imóvel esteja livre do causador da COVID-19.  A realização de análises periódicas permite conhecer de fato o estado da segurança sanitária do local e assim tomar atitudes assertivas.

Essa ação ganha ainda mais importância quando entendemos que o coronavírus não é o único risco invisível que pode estar presente no ambiente interno de sua empresa. Autoridades sanitárias vêm alertando para um maior risco de Legionella

 

Coronavírus e Legionella: qual a relação?

As medidas de distanciamento social, aplicadas na tentativa de controle da pandemia  de COVID-19, fez com que muitas atividades fossem proibidas de serem realizadas presencialmente, deixando prédios vazios por um longo período.

Assim, as instalações hidráulicas desses edifícios deixaram de ser utilizadas. A ausência de fluxo de água, somada a falta de limpeza e ao uso de sanitizantes, tornam as instalações hidráulicas dos ambientes ideais para a proliferação de microrganismos, entre eles a Legionella, bactéria responsável por causar a Doença do Legionário, uma forma grave de pneumonia.

Vale reforçar que, além de colonizar sistemas hidráulicos sanitários, a Legionella também pode surgir em componentes de sistemas de climatização. Nesses casos, o próprio equipamento de ar condicionado lança a bactéria no ambiente. Nos banheiros, contudo, os riscos são ainda mais elevados. 

Um estudo realizado na Universidade de Yangzhou, na China, já havia posteriormente apontado como as descargas podem liberar nuvens de aerossóis carregados de vírus, colocando os banheiros públicos como um dos locais com maior risco de contágio para a COVID-19. Da mesma forma, a descarga também pode espalhar a Legionella no ambiente.

Isso significa que nesse retorno às atividades presenciais, as empresas e administradoras de imóveis enfrentam um risco duplo à saúde. Caso nada seja feito para reduzir, ou mesmo eliminar esses riscos, as chances de que o edifício torne-se um vetor de doenças graves são altas.

O primeiro passo para combater essa dupla mortal é realizar uma análise dos aspectos ambientais de sua edificação. Com essa análise você conhecerá os perigos invisíveis presentes no ambiente interno, permitindo assim a realização de uma ação assertiva para conquistar a segurança sanitária necessária ao uso coletivo do imóvel.

Lembre-se: cuidar dos aspectos ambientais de seu edifício é cuidar de pessoas, promover a saúde e ser um aliado no enfrentamento à pandemia.

Até a próxima!

 

 

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