As barreiras de acrílico funcionam no combate à pandemia?

 

O novo coronavírus era cercado de mistérios no início da pandemia.  Precisamos de tempo para entender melhor seu comportamento, formas de contágio, sintomas e ainda hoje corremos atrás de medidas farmacológicas que sejam eficientes no tratamento.

Nesse período, muitas medidas foram adotadas visando conter o contágio pelo Sars-Cov-2 e a propagação da doença que vitimou milhões de pessoas ao redor do mundo, como por exemplo, a instalação de barreiras acrílicas, as plexiglass, em empresas e estabelecimentos dos mais diversos tipos.

Segundo levantamento da Blomberg, as vendas do plexiglass triplicaram ao longo da pandemia, movimentando cifras na casa dos U$ 750 milhões.  Hoje é comum nos depararmos com a barreira de acrílico em nosso dia a dia.

Ao que tudo indica, essa parece ser uma tendência que veio para ficar. Mas será que as barreiras de acrílico são mesmo eficientes no combate a covid-19? Vem com a gente que vamos te contar.

 

As barreiras acrílicas são eficazes no combate à covid-19?

No início da pandemia, o Center for Diseases Control and Prevetion (CDC), órgão de saúde do governo dos EUA, divulgou que o coronavírus estava se espalhando em superfícies e por meio de gotículas emitidas por pessoas em um raio próximo.

Nesse contexto, as barreiras de acrílico apareciam como uma medida simples e eficiente para tornar os ambientes mais seguros. Como resultado, logo o material passou a ser instalado por empresas de diferentes regiões de nosso globo.

Hoje, contudo, o entendimento do funcionamento do novo coronavírus mudou. No início desse ano o CDC mudou sua recomendação, reconhecendo que o Sars-Cov-2 também poderia ser transmitido pelo ar em distâncias superiores a dois metros.

Diante de nosso novo entendimento, novos testes foram realizados visando entender a efetividade das barreiras de acrílico na proteção ao contágio, com destaque para o estudo realizado pela Universidade de Princeton.

No estudo, foi utilizado um vaporizador para compreender como a barreira de plexglass poderia proteger alguém do outro lado. Os resultados foram mistos e, portanto, inconclusivos. Howard A. Stone, professor responsável pela pesquisa, pondera, contudo, que a existência da barreira traz algum tipo de proteção, uma vez que impede o fluxo de ar. Ainda assim, o ar com a presença do vírus pode contornar o material.

Dessa forma, podemos afirmar que, embora as barreiras de plexiglass possam ser úteis, sua eficácia na prevenção a transmissão do Sars-Cov-2 é limitada, devendo se somar a outras medidas não farmacológicas de eficácia comprovada, como o uso de máscaras e distanciamento social.

Além dessas medidas, é importante que as empresas realizem o controle ambiental de seus imóveis, em especial da qualidade do ar interior, visando garantir a salubridade e segurança sanitária de seus ambientes.

Lembre-se: a pandemia ainda não acabou, mas com a vacinação somada ao engajamento nas medidas de prevenção, temos certeza que logo vamos vencer essa batalha.

Até a próxima!

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